sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ESCATOLOGIA: INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA

Iniciaremos hoje, uma série de estudos sobre Escatologia.

A palavra escatologia tem origem grega a partir de duas palavras “eschatos” = “ultimo” ou “final” e “logos” = “estudo”, juntas teologicamente significam Estudo das últimas coisas.
A Bíblia possui escatologia de Gênesis a Apocalipse, desde a criação do mundo a palavra de Deus nos mostra a Escatologia (Gn. 1:1), onde o texto citado diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Se notarmos a palavra céus está no plural, ou seja, existe mais de um céu, isso seria uma afirmação ou uma pergunta? Mais adiante veremos a resposta.
Muitos textos tanto no V.T. como no N.T. nos revelam sobre a segunda vinda de Cristo, o arrebatamento, o milênio, e tantos outros assuntos futúricos.
O V.T. nos mostra muitas fases pelas quais passaram o povo de Deus, as chamadas dispensações, que são:
Ø  Da Inocência (da criação a queda do homem) Gênesis 1-2; 3:1-24.
Ø  Da Consciência (da queda do homem ao dilúvio) Gênesis 3:1-24; 8:15.
Ø  Governo Humano (do dilúvio até a dispersão humana sobre a Terra)Gn 8:15; 11:1-9
Ø  Patriarcal (de Abraão até a instituição da Lei) Gênesis 12:1 – Êxodo 18:1-27
Ø  Da Lei (da instituição da Lei até a crucificação e ressurreição de Cristo) Êxodo 19:3 – Mateus 28:6
Sendo que a Dispensação da Lei se deu até João Batista (Lc16: 16), após ele veio Jesus que  com sua  morte e ressurreição inaugurou a Dispensação da Graça a qual estamos vivendo, e essa dispensação antecede a do Milênio, que será validada a partir da segunda vinda de Cristo.
Este período em que estamos vivendo é a faze em que a Igreja de Cristo luta para conquistar novas almas e peleja também para seguir rumo ao céu. Porém o período da graça ou período gentílico (que também pode assim ser chamado), terá um fim, na segunda vinda de Cristo Jesus. Um conceito importante e difícil para a compreensão escatológica é o de TEMPO. A Bíblia fala do tempo como chronos (54 vezes no NT): espaço de tempo; tempo cronológico. E também do tempo como kairós (85 vezes no NT): tempo especial, apropriado. Essas duas palavras entram em conflito, pois a primeira está mais relacionada ao homem e a segunda está relacionada a Deus, nós (homens), esperamos a segunda vinda de Cristo pelo chronos, porém o Senhor trabalha com o kairós, ou seja, a plenitude dos tempos. O sinal da Plenitude do Tempo está na declaração histórica “Deus enviou seu Filho”. (Gálatas 4:4). A plenitude do tempo é, então, a inauguração de uma nova era. O tempo cronológico cede lugar a uma espécie de Contagem Regressiva. O tempo chamado HOJE deve ser compreendido como intervalo entre a Plenitude e a Consumação.
Para os homens os últimos dias que antecipam a segunda vinda de Cristo começam a partir da sua experiência com Deus, porém para o Senhor os últimos dias começaram com primeira vinda de Cristo (Hebreus 1:1 e 2).
A segunda vinda de Cristo ninguém sabe quando ocorrerá, mas certa feita Jesus disse que algumas coisas aconteceriam e precederiam sua vinda (Mt 24:4-13; Lc 21:5-38). Certo é que o Mestre da Vida virá buscar os seus, tanto os vivos como os mortos em Cristo Jesus.Não é o Retorno Glorioso que tarda, mas o nosso despertamento”.Karl Barth

Paul Washer - Senhor, Senhor? Eu nunca te conheci!

ATUALIDADES: CORPORATIVISMO, IMPUNIDADE, INJUSTIÇA

O Brasil ficou chocado com as absolvições de parlamentares envolvidos no esquema do mensalão. Alguns eram partícipes confessos no esquema de distribuição de dinheiro sujo pelo partido do governo. Ainda assim, escaparam da punição por maioria de votos dos colegas deputados. Corporativismo.

Os brasileiros estão revoltados com a mais absoluta falta de seriedade nas instituições públicas. Os poderes legislativo (lembrem-se os escândalos da compra de votos e apoio), executivo (lembrem-se as denúncias de caixa 2, os desvios de verba, o uso da máquina para fins eleitoreiros) e, para tristeza geral, até o judiciário (lembrem-se o nepotismo, os favorecimentos de pessoas ligadas ao governo, os pobres, e apenas eles, "mofando" nas cadeias sem julgamento definitivo), tornaram-se ambientes favoráveis para abrigar e manter a salvo toda sorte de oportunistas e espertalhões. Impunidade.
As pessoas de bem deste país ficaram indignadas ao saber do caso de uma mulher simples, até onde consta batalhadora, mãe de um filho ainda pequeno e que está presa há quase um semestre pelo roubo de um pote de manteiga. Isso mesmo: um pote de manteiga. Seu advogado queixa-se de que três pedidos de relaxamento de pena e um de hábeas-corpus foram negados pelo juiz. O agravante de seu crime? Teria ameaçado de morte o dono do mercado. Antecedentes criminais? Nenhum. Incoerência, capaz de punir exageradamente pequenos contraventores e de deixar escapar ilesos os mais terríveis criminosos. Injustiça.

O corporativismo, a impunidade e a injustiça são sintomas evidentes de uma realidade não menos evidente, porém bem mais ignorada: o pecado. Sintomas que, embora combatidos - ainda que, nem sempre, de maneira eficaz -, insistem em reaparecer mesmo quando julgamos terem sido eliminados. Afinal, sintomas não devem ser combatidos sem que as causas de seu surgimento também o sejam. A causa é o pecado.

O pecado gera corporativismo, pois estando presente mesmo em quem não associou-se ao desvio praticado, alimenta o medo de quem sabe-se sob o risco de ser o próximo a desviar-se: "ajudo-o agora para que me ajude mais tarde". O mesmo em relação à impunidade: uma vez que o pecado, comum a todos, revela-se desde os mais simples e descompromissados gestos, acaba por acostumar-nos aos erros e a sermos condescendentes com a maioria deles. Passamos a considerá-los não mais em razão de sua motivação, prejuízo ou malignidade, mas em razão de sua menor complexidade e menor possibilidade de mover-nos de nosso lugar de conforto. O mesmo sobre a injustiça: julgando as pessoas não mais por seus valores e princípios, mas por seu status, suas posses ou seu poder de reagir contra nossas ações, tornamo-nos rigorosos com os fracos e omissos com os fortes. Estes descobrem-se acima do bem e do mal. Aqueles permanecem sob o poderio dos que detém os recursos deste mundo.

Contra o corporativismo, a impunidade e a injustiça duas esperanças: primeiro, que o evangelho segue fazendo-se proclamar e continua transformando todos quantos rendem-se à sua Verdade. Este evangelho supera o corporativismo, assegurando ao crente sua defesa não mais pelos interessados de ontem ou de amanhã, mas por Aquele que age em todas as coisas para o bem dos que o amam.

Supera, também, a impunidade, não punitivamente, mas graciosamente, pela boa e dura nova da punição definitiva imposta sobre os ombros do Cordeiro Jesus. Nele somos culpados-justificados. Por ele e em seu amor detestamos o pecado. Não pelo medo do castigo, mas pela descoberta da beleza de Sua santidade. Não com medo das reações e das revoltas dos pecadores, mas como quem põe "a cabeça a prêmio" no desejo de servir a Deus profeticamente neste mundo.

Enfim, o evangelho supera a injustiça, pois submete todos os homens e mulheres à justiça de Deus: Jesus Cristo. Nele o inocente assume o culpado, o justo morre pelos injustos. Encerram-se todos sob a mesma condenação para serem, todos, alvo da mesma salvação. Sem diferença entre ricos e pobres, homens e mulheres, judeus e gentios. Nosso julgamento (julgai todas as coisas) passa a concentrar-se em valores, princípios, atitudes, e não mais em pessoas e suas pseudo-diferenças (não julgueis uns aos outros). A justiça de Deus satisfaz, então, os famintos e sedentos por seus desejáveis manjares.

O evangelho é o anúncio da vitória de Cristo sobre o pecado. É o caminho da nossa vitória sobre o pecado. É o fim do monopólio do pecado sobre a vida.

Mas há uma segunda esperança, pois nem todos aceitarão o desafio do evangelho: trata-se da esperança escatológica, da esperança na vinda em glória do Cordeiro, da esperança nos novos céus e terra - onde habita a justiça, da esperança em Deus como juiz de todas as nações. Todos compareceremos ante seu trono de glória. Não haverá ali qualquer corporativismo; o Totalmente-Outro fará seu julgamento. Não haverá qualquer impunidade; os orgulhosos e arrogantes serão destruídos como num sonho quando se acorda (Sl 73), e os crentes em Cristo serão recebidos nEle por sua própria sujeição à punição necessária. Em outras palavras, nenhum pecado deixará de ter sido punido: o preço dos nossos foi pago pela Cruz. E não haverá ali qualquer injustiça, pois julgará conforme os segredos do coração. Não adiantarão as máscaras, as posses, os títulos, as relações de interesse. Todas as coisas estão nuas e patentes diante de quem prestaremos contas!

Não desanimemos, portanto, diante de tantos escândalos. Não cansemos de pregar o evangelho aos que ainda não renderam-se aos seus imperativos. Não desistamos da voz profética, da denúncia corajosa e do anúncio entusiasmado da Graça de Deus. Não nos sujeitemos a nenhuma forma de corporativismo, muito menos em nossas igrejas e círculos sociais. Não compactuemos com a impunidade e não sejamos moralistas. Não nos alegramos com a injustiça, mas regozijemo-nos com a verdade. Não vivamos em pecado, pois o pecado não terá mais domínio sobre nós. O Senhor, Justo Juiz, reina e voltará. Maranata!

CURIOSIDADES: OS SAMARITANOS

O sentido desta palavra na única passagem do Antigo Testamento, 2Rs 17.29, aplica-se a um indivíduo pertencente ao antigo reino do norte de Israel. Em escritos posteriores, significa um individuo natural do distrito de Samaria, na Palestina central, Lc 17.11. De onde veio a raça, ou como se originou a nacionalidade samaritana? Quando Sargom tomou Samaria levou para o cativeiro, segundo ele diz, 27.280 de seus habitantes, deixando ainda alguns israelitas no pais. Sabendo que eles conservavam o espírito de rebelião, planejou um meio de os desnacionalizar, estabelecendo ali colônias de habitantes da Babilônia, de Emate, 2Rs 17.24, e da Arábia. Estes elementos estrangeiros levaram consigo a sua idolatria. A população deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras, interrompido pelas guerras, de modo que as feras começaram a invadir as povoações e a se multiplicarem espantosamente, servindo na mão de Deus de azorrague para aquele povo. Os leões mataram alguns dos novos colonizadores. Estes atribuíram o fato a um castigo do deus da terra que não sabiam como apaziguar, e neste sentido pediram instruções ao rei da Assíria, que lhes mandou um sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o cativeiro. Este foi residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová, porém, não conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus antepassados. Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a idolatria com o culto de Jeová, 2Rs 17.25-33. Este regime híbrido de adoração permaneceu até a queda de Jerusalém, 34-41. Asor-Hadã continuou a política de seu avô Sargom, Ed 4.2, e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja Assurbanipal, completou a obra de seus antecessores, acrescentando à população existente, mais gente vinda de Elã e de outros lugares, 9, 10.

A nova província do império assírio decaia. Josias mesmo, ou seus emissários, percorreram todo o país, destruindo por toda a parte os lugares altos, 2Cr 34.6,7, onde havia altares da idolatria. O culto pagão decrescia sob a influência dos israelitas que ficaram no país, e por causa do ensino dos sacerdotes. A ação renovadora de Josias foi mais um golpe. Anos depois, alguns dentre os samaritanos, costumavam ir a Jerusalém para visitar o templo e fazer adoração, Jr 41.5. Quando Zorobabel voltou do exílio, trazendo consigo bandos de cativos para Jerusalém, os samaritanos pediram licença para tomar parte na construção do templo, alegando que haviam adorado o Deus de Israel desde os dias de Asor-Hadã, Ed 4.2.

Desde muito que a maior parte dos judeus sentiam repugnância em manter relações sociais e religiosas com os samaritanos, sentimento este Josefo, que, no tempo em que os anos corriam, Ed 4.3; Lc 9. 52, 53; Jo 4.9. Os samaritanos não tinham sangue puro de hebreus, nem religião judaica. Diz Josefo, que, no tempo em que os judeus prosperavam, os samaritanos pretendiam possuir alianças de sangue; mas em tempos de adversidade, repudiavam tais alianças, dizendo-se descendentes dos emigrantes assírios. Tendo Zorobabel, Josué e seus associados rejeitado a oferta dos samaritanos para auxiliar a reconstrução do templo, não mais tentaram conciliações com os judeus, antes pelo contrário, empenharam-se em obstar a conclusão da obra, Ed 4.1-10, e mais tarde procuravam impedir o levantamento dos muros por Neemias, Ne 4.1-23. O cabeça deste movimento era certo Sanabalá Horonita, cujo genro havia sido expulso do sacerdócio por Neemias. O sogro, com certeza, fundou o templo samaritano sobre o monte Gerizim, para servir ao dignitário deposto em Jerusalém. Daqui em diante, todos os elementos indisciplinados da Judéia, procuravam o templo rival de Samaria, onde eram recebidos de braços abertos. Enquanto durou a perseguição promovida por Antíoco Epifanes contra os judeus, declaravam não pertencer à mesma raça, e agradavam ao tirano, mostrando desejos de que o seu templo do monte Gerizim fosse dedicado a Júpiter, defensor dos estrangeiros. Pelo ano 129 AC João Hircano tomou Siquém e o monte Gerizim, e destruiu o templo samaritano; porém os antigos adoradores continuaram a oferecer culto no monte onde existiu o edifício sagrado. Prevalecia ainda este costume no tempo de Jesus, Jo 5.20,21. Neste tempo, as suas doutrinas não deferiam muito na sua essência, das doutrinas dos Judeus e especialmente da seita dos saduceus. Partilhavam da crença na vinda do Messias, Jo 4.25, mas somente aceitavam os cinco livros de Moisés. O motivo principal que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por Filipe, foram os milagres por ele operados, At 8.5,6. Outro motivo, sem dúvida concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus, o Cristianismo seguia os ensinos e os exemplos de seu fundador, admitindo os samaritanos aos mesmos privilégios que gozavam os judeus convertidos ao Evangelho, Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42.


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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MESMO EM TEMPOS DE CALAMIDADES TRAGA A MEMÓRIA AQUILO QUE TE DÁ ESPERANÇA

Dentre tudo o que Deus criou, algo muito interessante e complexo é a nossa mente. Por mais que estudiosos tentem, ou a tecnologia busque, eles não conseguem penetrar na mente humana.Desde o nosso nascimento, tudo aquilo que ocorre conosco tanto os momentos bons como os ruins são arquivados em nossa memória. E no decorrer da nossa vida por vários motivos estes acontecimentos aparecem em nossa mente e nos trazem muitas lembranças, e por mais que a gente não queira estes pensamentos surgem, estas informações aparecem e dependendo do momento recordado eles nos trazem alegria ou não, e inevitável é apagar estas informações de forma que venhamos nos esquecer dela.E esse processo de recordação dos acontecimentos é o que esta acontecendo com Jeremias neste texto de Lamentações.Jerusalém acabara de ser invadida, tomada e destruída pelos babilônicos sob o comando do rei Nabucodonosor, os judeus foram levados cativos para uma terra estranha, onde a cultura, a alimentação, a religiosidade e outras coisas mais eram diferentes.Chega um ponto da narrativa bíblica citada para essa palavra (v.s. 20) que o profeta diz que se abatia quando se lembrava de tais acontecimentos, ele estava trazendo a memória àquilo que estava trazendo-lhe destruição, angustia, dor, descrença. Porém, já no próximo versículo (v.s. 21) ele para e percebe que nada adiantaria trazer a mente, ao coração aqueles momentos de tristeza, então ele decide mesmo em tempos angustiosos trazer a memória aquilo que lhe dava esperança. Assim devemos ser nós, mesmo vivendo em tempos de crise, de perda, de improdutividade, devemos trazer a memória não coisas que vão nos deixar mais pra baixo, que vão nos entristecer, mais sim devemos trazer a memória aquilo que nos dá esperança.Então, para que possamos ter esperança mesmo em tempos de calamidade, devemos trazer a memória aquilo que nos dá esperança, dentre tantas coisas, estão:

1º As misericórdias sem limites do Senhor nos preservam vivos (v.s. 22, 23a)

2º Sua fidelidade é incomparável (v.s. 23b)

3º A busca e a espera em Deus atrai até nós a sua bondade (v.s.25)


ATUALIDADES: 10 PASSOS para que seu filho seja ATEU

Somos de uma geração interessada em receitas. Perguntamos por aquelas dicas, truques ou pequenos movimentos que nos conduzam ao objetivo desejado. Não nos entusiasmamos com processos de crescimento, amadurecimento, transformação. Precisamos de saídas rápidas, soluções prontas. E como nossa geração está habituada aos "gurus" de plantão, aos magos dos atalhos para o sucesso, resolvi fazer algumas sugestões ao estilo receita de 10 passos. Caso você deseje os resultados prometidos, faça como segue:

1) Não assuma quaisquer responsabilidades espirituais para com seu filho. Quando ele for mais velho e estiver mais maduro, decidirá por si mesmo os rumos de sua fé. Afinal, você deve dar-lhe o máximo de liberdade de escolha.

2) Não se preocupe com um testemunho cristão no contexto de seu lar. Os filhos não devem espelhar-se em seus pais, mas em Deus. Devem fazer o que você fala e não o que você faz. Seria uma estupidez da parte dele.

3) Faça críticas ostensivas à Igreja, aos pastores, aos líderes em geral na frente de seu filho. É importante que ele saiba, desde cedo, quem é quem na comunidade onde participa. Não deixe de compartilhar seus desânimos e decepções com ele.

4) Não leve seu filho às aulas da Escola Bíblica ou outras atividades para sua faixa etária. Um único culto semanal é mais que o suficiente. Mais que isso é fanatismo religioso. Não está certo uma criança viver enfurnada na Igreja.

5) Não envolva-se em ministérios ou departamentos da Igreja. Seu trabalho, seu sono e suas horas de lazer frente ao aparelho de televisão são muito mais importantes. Também não permita que seu filho afadigue-se com os passatempos que a Igreja oferece.

6) Seja materialista. Brigue com seu cônjuge, parentes ou amigos por causa de dinheiro. Idolatre seu carro, casa ou posição. Ensine seu filho que, neste mundo, só têm valor os que possuem riquezas. Prepare-o para competir no mercado capitalista. E outra coisa: não permita que ele seja dizimista. É um desperdício sustentar pastor ou missionário. E a Bíblia não parece tão clara sobre este assunto.

7) Seja imediatista. Não faça planos, apenas ouse. Pensar na eternidade? Para quê? A vida é agora. Se você não está feliz com alguma coisa, mude; descarte o que não serve mais. Mude de igreja cada vez que sentir que suas necessidades não são satisfeitas.

8) Seja pragmático. Lembre seu filho que o importante é o resultado. Os fins justificam os meios. Uma mentira não é ruim se produz o benefício desejado; um golpe de desonestidade não é errado se ajuda a atingir os objetivos pessoais. Cada um por si.

9) Nunca, em hipótese alguma, leia a Bíblia com seu filho. Deixe-o brincar ao computador, sair com colegas, cuidar das tarefas da escola. Já é o bastante para uma criança. A Bíblia é difícil até para os adultos. Culto caseiro? Nem pensar. Quem tem tempo?

10) Finalmente, nunca, jamais ore com seu filho. Isso é muito pessoal, cada um com Deus. Quando chegar a hora certa ele vai aprender...

Será???

Fernandinho - Grande Coisas

Fernandinho - Uma Nova Historia Deus tem para mim

CURIOSIDADES: SINAGOGA

A sinagoga era a casa de adoração dos judeus. Era um prédio ou um lugar usado pelos judeus para se encontrar, estudar e orar. 

AS ORIGENS E A HISTÓRIA PRIMITIVA 

Não sabemos exatamente como ou quando a sinagoga começou. O templo onde os judeus adoravam em Jerusalém foi destruído pelos babilônios em 586 A.C. O povo que permaneceu na cidade e em volta dela ainda precisava se encontrar para adorar. Eles queriam continuar ensinando a lei e a mensagem dos profetas. Os judeus de outros lugares tinham necessidades parecidas. 
As sinagogas devem ter tido a sua origem em tal situação. Em Neemias 8:1-8 a comunidade de exilados se juntou em Jerusalém. Esdras, o escriba, trouxe a lei, a leu de um púlpito de madeira e deu a interpretação para que o povo entendesse a leitura. Quando Esdras abençoou o Senhor, o povo abaixou suas cabeças e adorou. Esses se tornaram os elementos básicos da adoração na sinagoga. 
A primeira evidência clara de uma sinagoga vem do Egito no século 3 A.C. 

AS SINAGOGAS NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO 

As escrituras dão a impressão de muitas sinagogas existentes na Palestina. Jesus freqüentemente ensinava em sinagogas (veja Mateus 4:23; Mateus 9:35), especialmente durante o seu ministério galileu. Em João 18:20, Jesus falou em seu julgamento diante do sumo sacerdote: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam," (RSV). O livro de Atos se refere a sinagogas em Jerusalém (Atos 6:9), Damasco (Atos 9:2), Chipre (Atos 13:5), Antioquia (Atos 13:14; 14:1), Macedônia e Grécia (Atos 17:1, 10, 17; 18:4) e Éfeso (Atos 19:8) 

A ADORAÇÃO NA SINAGOGA 

Os evangelhos e o livro de Atos geralmente falam da reunião do povo judeu no sábado para adorar na sinagoga. As pessoas também se encontravam para adorar no segundo e no quinto dia da semana. O culto na sinagoga começava com a confissão da fé recitando Deuteronômio 6:4-9, 11:13-21 e Números 15:37-41, seguido de oração e leitura das escrituras. A leitura da lei era básica (veja Atos 15:21) e era feita de acordo com um ciclo de três anos. Os profetas também eram lidos, mas mais casualmente. Ai vinham as interpretações. Conforme o conhecimento do hebraico bíblico foi diminuindo na Palestina, uma tradução em aramaico das escrituras era lida depois da leitura em hebraico. Depois disso um discurso era dado. Qualquer um que fosse qualificado poderia falar ao povo, como fazia Jesus e o apóstolo Paulo. O culto terminava com uma benção. 

FUNÇÕES JUDICIAIS 

O trabalho da sinagoga também incluía a administração da justiça. Aqueles que infringiam a lei ou que eram acusados de atos contrários a lei judaica eram trazidos diante dos anciãos da sinagoga. Eles podiam, em circunstâncias extremas, excluir o ofensor da sinagoga (veja João 9:22, 34-35; 12:42) ou mandar que ele fosse açoitado. Jesus avisou os seus discípulos para estarem preparados para enfrentar qualquer uma das duas situações (Mateus 10:17; João 16:2). Saul, como perseguidor dos cristãos, enviou cartas endereçadas a sinagoga de Damasco. Foi-lhe dada autorização para prender cristãos e trazê-los de volta a Jerusalém (Atos 9:2). 

O ENSINAMENTO DA LEI 

A leitura da lei era o significado central de adoração. Os ensinamentos da lei, especialmente para crianças, era intimamente associada com a sinagoga. 

ORGANIZAÇÃO 

O Novo Testamento se refere (Marcos 5:22, Lucas 13:14; Atos 18:8, 17) a dois cargos em particular na sinagoga. O "governador da sinagoga" que era responsável pela ordem e pela seleção do leitor da escritura. Um atendente (Lucas 4:20) tirava e guardava os rolos da escritura. Mais tarde uma pessoa foi escolhida como líder de oração.

Fonte de Pesquisa: http://www.vivos.com.br

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Aproveite todas as oportunidades para honrar a Deus!


“Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele, eternamente. Amém” Romanos 11:36

Como é bom saber que existe um Deus verdadeiro que sempre está disposto em nos ajudar. Saber que Ele tudo pode, saber que Ele tudo sabe, saber que Ele está no controle de tudo, saber que mesmo nós não merecendo nada dEle, ainda assim Ele cuida de nós, ainda assim Ele prova seu amor para com nós: os pecadores.
Durante nossa vida, nós lutamos, batalhamos, planejamos, nos preparamos, para que venhamos conquistar nossos ideais, para que venhamos superar as barreiras que nos impendem de avançar, porém nem todas às vezes há êxito, nem todas às vezes conquistamos, nem todas às vezes superamos, diante disso, reclamamos, maldizemos, blasfemamos e desonramos aquEle que nos ama, aquEle que nos abençoa, assim perdemos uma grande oportunidade. Mas você se pergunta, que oportunidade? Sendo que esse momento é de perda, sendo que esse momento é de derrota...
Perdemos a oportunidade de honrar aquEle que merece honra, perdemos a oportunidade de fazer as mais profundas declarações mesmo usando palavras simples, às vezes apenas levantando as mãos ao céus, as vezes apenas derramando lágrimas.
Não vamos mais perder tempo, faça de todos os momentos da sua vida, seja de alegria, ou seja de dor, seja riso ou seja de lágrimas, seja de conquista ou seja de perda, faça de todos os momentos uma grande oportunidade de honrar o teu Senhor, de honrar a Cristo Jesus nosso salvador. Você pode pensar, é fácil falar o difícil é fazer, e isso é uma verdade, porém não desperdice as oportunidades de honrar a Deus, faça um desafio na sua vida cristã, aproveite as oportunidades para honrar o teu Senhor. Deus te abençoe, e sempre vamos declarar que: “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele, eternamente. Amém!”

ATUALIDADE: A CATOLICIDADE DA IGREJA

"Creio na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica"
(Trecho do "Credo Niceno", declaração de fé da igreja cristã elaborado a partir do concílio de Nicéia em 325 a.D.)



Catolicidade. Há quem sofra "arrepios" em somente ouvir tal palavra. Por uma razão muito simples: nós protestantes aprendemos a construir nossa identidade evangélica em oposição à identidade católica.



É evidente que os reformadores foram críticos contundentes do catolicismo de sua época. Combatiam, porém, os desvios doutrinários e pastorais de uma Igreja Católica romana e medieval, influenciada exageradamente por questões próprias do Estado e distanciada das camadas mais carentes da população. Foram críticos, na verdade, de um modelo engessado, irrelevante e sem respostas para os anseios da coletividade.



Os principais credos da Igreja Cristã, contudo, datam de períodos bastante anteriores ao da Reforma. São fruto de uma época em que a Igreja desenvolvia-se em unidade e transformava a cultura de uma geração. É nesse contexto que aplica o termo "catolicidade", que quer dizer: "universalidade". Que a Igreja é católica significa afirmar sua importância e alcance para os confins da terra. Já não se trata de uma religião meso-oriental com desdobramentos exclusivamente regionais, mas de uma fé que convoca e comissiona homens e mulheres de todos os povos, raças, línguas e nações para o serviço no Reino de Deus.



A catolicidade da Igreja Cristã aponta para sua vocação missionária: todos devem ouvir sua mensagem e crer no Evangelho. A catolicidade da Igreja Cristã aponta para sua vocação sacerdotal: a todos é oferecida a oportunidade da salvação e do perdão para os pecados. A catolicidade da Igreja Cristã aponta para sua vocação profética: Cristo reina soberanamente e há de vir para julgar vivos e mortos.


A catolicidade não é, pois, prerrogativa da Igreja Romana. É desafio e missão da Igreja de Cristo. Somos católicos, mas não somos papistas. Somos universais, mas não membros da IURD. Como no credo apostólico: "cremos na santa igreja católica!"; ou: "na santa igreja universal!"; ou ainda: "na santa igreja de Cristo". Ele é o Senhor do Cosmos!

CURIOSIDADES: O SINÉDRIO

O sinédrio era o conselho de juízes - uma espécie de corte suprema - que operava em Israel por volta da época de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia, outras nações reinavam sobre Israel. Esse corpo de líderes consistia de 71 membros e fazia seus negócios em Jerusalém. 
O nome sinédrio vem das palavras grega sin (junto) e edrio (sentar). Esse termo é usado vinte e duas vezes no Novo Testamento. 
No Novo Testamento, o sinédrio aparece de uma maneira negativa. O evangelho nos diz que foi esse o grupo que colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o sinédrio investigando e perseguindo a crescente igreja cristã. 

SUMO SACERDOTES 

O Sinédrio era comandado por um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do Sinédrio. Um sumo sacerdote era o capitão do templo e o outro supervisionava os procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26). Os outros serviam de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo. 

OS ANCIÃOS 

A Segunda categoria principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José Arimtéia (Marcos 15:43), dividiam a visão conservadora dos saduceus e davam a assembléia à diversidade de um parlamento moderno. 

ESCRIBAS 

Os membros mais recentes do sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados em grêmios e normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um escriba famoso do sinédrio, que aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3). 

NOS DIAS DE JESUS 

Nós sabemos mais sobre alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do que sabemos sobre ele antes ou depois. Uma coisa que sabemos é a extensão de sua influência. Oficialmente, o Sinédrio tinha só tinha jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha influência na província da Galiléia e até mesmo em Damasco (Atos 22:5). O trabalho do conselho era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando surgiam discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão (Atos 6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Ainda não sabemos se o sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no período romano o sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as mortes de Estevão (Atos 7:58-60) e Thiago. Gentios que eram pegos ultrapassando o recinto do templo eram avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o Novo Testamento e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No julgamento de Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o governador romano Pilatos, que por si só poderia mandar matar Jesus (João 18:31). De acordo com o Talmude, o sinédrio perdeu o privilegio de executar punição capital "quarenta anos antes da destruição do templo" ou por volta da época da morte de Jesus.

Fonte de Pesquisa: http://www.vivos.com.br

Mariana Valadão - Seja Tudo Em Mim

Quero me apaixonar - Diante do Trono 10 Anos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O seu relacionamento com as pessoas é do tipo Tênis ou Frescobol?

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” João 13:34

Deus criou eu e você não para nos isolarmos, nos escondermos uns dos outros, mas sim, para nos relacionarmos. Existe um falso pensamento sobre relacionamentos, de que devemos apenas conviver com pessoas com nos agradam, que nos alegram, que nos dão prazer, mas Jesus vem, e nos diz: “se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”, não é para nos agredirmos verbalmente ou até fisicamente, mas sim, ter um gesto diferente do que nossos impulsos e até a sociedade ensina, devemos nos relacionar até com quem nos fere, oferecendo a outra face. Alguém diz: “é muito difícil”, eu assino embaixo, mas é o dever do cristão que desejar desfrutar das mansões celestiais preparadas por Cristo.
Pensando sobre relacionamento, podemos compará-lo como um jogo de tênis ou frescobol. O jogo de tênis para ser praticado, é essencial ter duas raquetes, uma bola, uma quadra e dois jogadores. O objetivo dos jogadores é de fazer o adversário errar. O erro é caracterizado na incapacidade do jogador devolver a bola. O jogo termina no momento em que adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro. O frescobol é parecido com o tênis, são necessárias duas raquetes, uma bola e dois jogadores. No entanto, o que diferencia o tênis do frescobol, é objetivo do jogo, o primeiro visa jogar bolas difíceis de serem devolvidas para o outro jogador, o segundo visa devolver a bola o mais fácil possível para que o jogo continue. Caso a bola venha com efeito que possa cair, o jogador sabe que não foi de propósito e procura devolver a bola com facilidade para que o outro jogador possa devolve-la e o jogo continuar.
Nossos relacionamentos, seja no trabalho, nos estudos, na família, no casamento, na igreja, no ministério, pode ser caracterizado com o tênis ou frescobol. O nosso relacionamento é comparado ao jogo de tênis quando diante das dificuldades encaramos as críticas como ofensas as nossas pessoas, daí ofendemos a pessoa que nos fez a crítica, quando diante dos desentendimentos ressuscitamos erros que podem magoar alguém, quando em alguma discussão trocamos palavras torpes, quando nos fazemos de vitimas, quando difamamos as pessoas para outras, e outras coisas mais, são vistas em todo tipo de relacionamento, principalmente no desenvolver dos ministérios com nossos amigos e irmãos. Porém nosso relacionamento pode ser comparado ao jogo de frescobol, quando diante das dificuldades recebemos as críticas como oportunidades de melhoria, quando diante das discussões não ofendemos as pessoas apontando seus erros do passado, quando não criticamos as pessoas e sim suas idéias, e outras atitudes mais.
Qual é o tipo do seu relacionamento que você desenvolve??
A verdade é que Jesus disse que um novo mandamento Ele nos dava: “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” Este mandamento nos dá a esperança de mudarmos o tipo de relacionamento com que ele é caracterizado de tênis para o do tipo frescobol.
Vamos para com as desculpa de que é difícil demais para mim e de que Jesus conseguiu realizar este mandamento com maestria porque Ele era Deus. Na realidade somos humanos e falhos, e realmente é muito difícil, mas Deus se fez homem para nos mostrar que para nós também é possível.
Reflita sobre este artigo, e desenvolva um relacionamento do tipo frescobol e não do tipo tênis. Deus te abençoe!!

ATUALIDADE: HOMOFOBIA, NÃO! HOMODIAFONIA.

Por favor, não assuste. Sei que a palavra é estranha. Na verdade, trata-se de um neologismo. Eu mesmo o criei (ao menos, sua digitação nos sítios de busca não acusa qualquer resultado). Estava incomodado com o monopólio da outra. Do jeito que vai o debate, parece que o mundo divide-se entre homossexuais e simpatizantes, de um lado, e homofóbicos, de outro. Não concordo.

Homofobia, do grego "homo" (igual) e "fobia" (medo), significa, literalmente, "aversão, medo ou ódio em relação ao homossexual". Dito assim, não me considero homofóbico. Não tenho medo, apenas discordo da opção e de sua pretensa legitimidade. Foi como cheguei a Homodiafonia, do grego "homo" (igual) e "diafonia" (dois sons distintos, dissonância, discordância). Significa, literalmente, discordância da opção homossexual. Meu caso. Explico:

1. Como cristão, que reconhece as Sagradas Escrituras como regra única de fé e prática, entendo que devo concordar com o apóstolo Paulo quando sugere que o homossexualismo é pecado e consequência do distanciamento do ser humano em relação a Deus: "por causa disso, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram as relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão" (Romanos 1:26-27). 

2. Como cristão, criacionista, isto é, que reconhece na origem do universo a decisão criativa e intencional de Deus, entendo que homens e mulheres foram feitos para um propósito supremo que envolve suas histórias, raças e gênero. Não posso aceitar que um homem, cuja constituição física não lhe faculta o pleno relacionamento com outro homem, ou que uma mulher, para quem ocorre o mesmo, defendam sua opção homossexual como natural. É uma escolha antinatural, que não resulta dos apelos do organismo (o qual não a acompanha) nem de qualquer confissão de fé que apresente um Deus pessoal e soberano (pois pressupõe o acaso ou um tipo de equívoco inicial).

3. Contudo, como cristão, que reconhece a fé como dádiva e a conversão como obra do Espírito, entendo também que as verdades bíblicas e suas implicações práticas não são impositivas, mas um convite à vida em abundância que Deus mesmo concede por sua graça. "Se alguém quiser vir após mim..." - disse Jesus. A igreja não deve se esforçar para obrigar o mundo a viver de acordo com suas convicções (equívoco da cristandade medieval que só produziu guerras e ódio), mas conquistá-lo com amor e testemunho vivo, para que todos vejam como vale a pena andar com Cristo e obedecer aos seus mandamentos. "Não é por força nem por violência..."

4. Como cristão, ainda, que reconhece o direito à vida e à liberdade, desde que não interfira na liberdade alheia, anulando-a, entendo que todo preconceito, discriminação ou perseguição refletem um espírito antibíblico e demoníaco, gerador de contendas e conflitos. Não concordo que a Igreja deva tentar negar aos homossexuais o direito à cidadania e aos acessos comuns a todos, mas também não admito que sua pregação e estilo de vida sejam violentados em nome de uma pseudo-tolerância, uma vez que mostra-se tolerante unicamente com um dos lados interessados. Quero viver numa sociedade onde homossexuais tenham direito de viver como bem entendem e que a Igreja tenha direito de pregar contra todos que vivem como bem entendem, desprezando, assim, a vontade de Deus. 

5. Como cristão, que reconhece o poder de Deus para transformar o indivíduo e a coletividade, entendo que tenho o direito de incentivar e apoiar todo homossexual que, rendendo-se aos desafios do Evangelho, assuma que é possível e necessário renunciar a si mesmo e à prática do homossexualismo. Não direi que é doença, nem demônio, nem safadeza (pois, na esmagadora maioria dos casos, não é nada disso), mas que é uma opção contrária àquela que nos propõem as Escrituras, assim como a poligamia, a pornografia, a prostituição, a atividade sexual antes do casamento e tantas outras questões não morais (socialmente, falando), mas espirituais, isto é, que reconhecemos e assumimos como artigos de fé. Um homossexual convertido pode tanto desenvolver uma dinâmica relacional heterossexual quanto tornar-se celibatário por amor a Deus. Tudo é possível ao que crê!

6. Como cristão, que confessa que Deus é amor, sou radicalmente contrário a toda forma de violência contra homossexuais ou quaisquer outros grupos minoritários, incompreendidos ou, simplesmente, diferentes. 

7. Enfim, como cristão, que aprendeu com Jesus que piores que aqueles que a religião identifica como impuros e perdidos são aqueles que, religiosos, perderam a capacidade de ouvir a Deus e amar o próximo, digo que nenhum homofóbico, ou racista, ou idólatra, ou avarento, ou arrogante... pode ser um cidadão legítimo do Reino de Deus. Vamos cuidar das traves em nossos olhos antes de apontarmos os ciscos nos olhos alheios.

Por tudo isso, considero-me homodiáfono. Respeito os homossexuais em sua individualidade e sei que há muitos cuja postura e caráter envergonhariam muitos religiosos. No entanto, devo discordar de sua opção e convidá-los ao arrependimento e à autonegação a que tento me submeter diariamente, ainda que nem sempre com sucesso. Deus nos ajudará, ainda que nos faltem a força, os recursos e até as palavras...

Fonte de Pesquisa: http://www.pastormarcelo.com.br/pastorais

CURIOSIDADES: O APÓSTOLO PAULO

Depois de Jesus, Paulo deve ser a pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um inimigo zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho, se classifica entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus anos de ministério o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na Europa. Ele também escreveu treze cartas que estão incluídas no Novo Testamento. 

EDUCAÇÃO 

Apesar de ter nascido em Tarso, Paulo testifica que cresceu em Jerusalém e que estudou sob a tutela de Gamaliel (Atos 22:3). Não é muito claro quando que Paulo chegou a Jerusalém, mas é provável que ele tenha começado os seus estudos rabínicos entre seus 13 e 20 anos. 

SAULO O PERSEGUIDOR 

Pouco tempo depois dos eventos que mudaram o mundo, a ressurreição de Jesus e o pentecostes, os membros de certas sinagogas em Jerusalém, inclusive uma sinagoga da Cilícia (Atos 6:9), da terra nativa de Paulo, resolveram anular a nova igreja. Eles lutaram contra a sabedoria e o espírito (6:10) de Estevão (6:5,8). Eles o acusaram de blasfêmia diante do sinédrio (6:11-15) e, depois de sua defesa eloqüente (7:1-53), arrastaram-no para fora da cidade, aonde ele foi apedrejado até a morte. Ele se tornou o primeiro mártir cristão. 
O registro não revela inteiramente qual era o papel de Paulo nesses procedimentos, mas sabemos que ele era um participante ativo. As testemunhas contra Estevão, que eram encarregados de jogar as pedras na execução, "puseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo" (Atos 7:58). A morte de Estevão iniciou os eventos que resultariam na conversão e na empreitada de Paulo como o apóstolo dos gentios. Mas, naquele tempo, Paulo era um líder dos opressores da igreja. Ele respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (Atos 9:1); ele perseguiu a igreja de Deus e tentou destruí-la (Gálatas 1:13) prendendo mulheres e homens cristãos (Atos 22:4) em muitas cidades. 

A CONVERSÃO E O CHAMADO 

Paulo recebeu cartas do sumo sacerdote em Jerusalém, endereçadas às sinagogas em Damasco, autorizando-o a prender os crentes de lá e trazê-los a Jerusalém para julgamento (Atos 9:1-2). Quando ele estava perto de Damasco, uma luz vinda do céu "a qual excedia o esplendor do sol" apareceu em volta de Paulo e os que estavam viajando com ele, e eles caíram no chão (26:13-14). Somente Paulo, no entanto, podia ouvir a voz de Jesus, que lhe dizia que ele seria o instrumento escolhido por Cristo para trazer as boas novas aos gentios (26:14-18). Paulo foi guiado até Damasco, temporariamente cego (9:8). Lá, o discípulo Ananias e a comunidade cristã o ajudaram através do evento inquietador de sua conversão (9:10-22). Depois de um curto período com a igreja de lá, Paulo começou a proclamar a Cristo ressurreto publicamente, e os judeus ameaçaram Paulo de morte (9:20-22). Ele foi protegido pelos que criam e escapou de seus perseguidores (9:23-25).

A conversão de Paulo foi de uma importância tão revolucionária e duradoura que há três relatos detalhados desse evento no livro de Atos (Atos 9:1-19; 22:1-21; 26:1-23). Paulo se refere a ela muitas vezes nas suas próprias cartas (1 Coríntios 9:1; 15:8; Gálatas 1:15-16; Efésios 3:3; Filipenses 3:12). A transformação deste perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1 Coríntios 3:10; 1 Timóteo 1:13) mudaria profundamente o curso da história mundial. 

OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO

Se assumirmos que Paulo é o autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas. 
De Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2 Timóteo 4:13). 
Em algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma. Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21). 
Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17). Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo. 
Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte. 
Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).

Fonte de Pesquisa: http://www.vivos.com.br

MICHAEL W. SMITH - AGNUS DEI

domingo, 9 de outubro de 2011

O PROCESSO QUE JESUS UTILIZA PARA LIBERTAR E RESTAURAR VIDAS

Marcos 8:22:26

Estamos vivendo tempos de apostasia, tempos onde a fé em Cristo Jesus de muitos tem-se esfriado e não somente pelas dificuldades e problemas da vida, mas principalmente pela falta de sabedoria e discernimento das pessoas, onde as mesmas estão fazendo, falando e praticando as mesmas coisas que uma pessoa que não tem nenhum temor e compromisso com Deus fazem.Com isso muitos têm regressado ao invés de progredir, tem se enfraquecido ao invés de se fortalecer, onde vão ficando debaixo de um jugo que não deveriam estar, pois servem um Deus que nos tira todo o jugo que nos atormenta, e essas pessoas acabam ficando “cegas”, de modo que não conseguem mais discernir nada, não conseguem mais fazer nada, pois suas práticas o cegaram.Mas, graças a Deus, que o Senhor sempre tem uma saída, sempre tem uma solução, e ainda que estivermos debaixo de um jugo insuportável, Cristo nos mostra uma solução.

E quando olho para esse texto do Evangelho de Marcos, vejo a história de um homem cego, que mesmo antes de ser cego, em uma determinada fase da sua vida ele enxergava, pois o versículo 24, diz que “ele via as pessoas andando como árvores”, isso prova que realmente em uma determinada época da sua vida ele enxergava.Mas o interessante do texto é que o Senhor Jesus o curou daquele mal de uma forma diferente, Jesus não disse “passe a enxergar” ou algo parecido, mas Cristo usou todo um processo para que ele voltasse a ver, e isso aconteceu, porque o ex-cego aceitou o que o Senhor propôs a ele. O processo que Jesus utilizou e utiliza ainda para restaurar vidas compreende as seguintes etapas:

1ºJesus nos convida para termos uma intimidade com Ele: (versículo 23a diz ”Jesus tomando o cego pela mão...”). Mesmo antes da cura daquele cego o Senhor tomando-o pela mão demonstrou querer ter uma intimidade com aquele homem. Assim é conosco, o Senhor mesmo antes de realizar o nosso milagre Ele quer ter uma intimidade conosco.

2ºJesus nos tira do estilo de vida errado para que Ele possa realizar sua obra em nós: (versículo 23a diz: “... levou-o para fora da aldeia...”). Depois de provarmos de uma intimidade com Deus, Ele não quer nos ver vivendo no mesmo estilo de vida, quer nos ver fora das aldeias que nos prendem e nos tornam cegos.

3ºJesus nos toca quantas vezes for necessário: (versículos 23b, 24 e 25). O texto diz que no primeiro toque do Senhor, o cego via as pessoas como árvores, e só depois do segundo toque o cego passou a ver claramente, isso não significa que Jesus não podia cura-lo de imediato no primeiro toque, isso nos prova que o Senhor se necessário for nos toca outras vezes, pois Jesus havia perguntado o que ele estava vendo, e o cego disse ao Senhor o que realmente ele estava vendo, quem estava vendo era o ex-cego e não Jesus, por isso o Senhor o tocou novamente. Se necessário for Cristo nos toca quantas vezes for necessárias para que possamos ver claramente tudo nas mais diversas áreas das nossas vidas.

4ºJesus nos exorta: Não retornes a vida antiga: (versículo 26 diz: “...Não entres na aldeia.”) Logo depois que desfrutamos de uma intimidade com Deus, depois que o Senhor nos tira do estilo de vida antigo, e depois que o Senhor realiza sua obra em nós, Ele nos exorta e nos diz para que não venhamos voltar ao mesmo estilo de vida o qual antes estávamos “cego”.Assim como o cego aceitou todo esse processo que Jesus lhe expôs e assim sua vida foi mudada que venhamos aceitar essas mesmas evidências para que nossas vidas sejam mudadas por Deus, pois o mesmo Jesus que mudou a vida do cego Ele muda hoje as nossas vidas.

Michael W Smith - Awesome God

CURIOSIDADES: A VIDA DO APÓSTOLO PAULO

“Ele era um homem de pequena estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século, “parcial-mente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos um do outro, e nariz um tanto curvo.”

Se esta descrição merecer crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus. Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).

Sua verdadeira aparência teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele ensinava, o que ele fazia.

Sabemos o que esse homem de Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do poder de sua lógica.

Aqui e acolá em suas cartas encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos, um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e historiador gentio do primeiro século.

Assim, enquanto o teólogo tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.

A semelhança de um meteoro brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação. Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.

Sua Juventude:

Antes, porém, que possamos entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.

A) Da Cidade de Tarso. No primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que passava no meio dela.

Ao norte de Tarso erguiam-se imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses. Uma im­portante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas.

Tarso era uma cidade de fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado.

O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o privilégio de libera civitas(“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte, embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.

Nessa cidade cresceu o jovem Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de Jesus, as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina.

O reflexo do sol mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas” (2 Co 10:4).

Paulo escreve de “naufragar” (1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo” (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo terrestre” desta vida a um edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna, nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia, aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo” (1 Co­ 4:9).

Tais declarações refletem a vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice. Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não insignificante”.

Os filósofos de Tarso eram quase todos estóicos. As idéias estóicas, embora essencialmente pagãs, produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de Tarso é um esplêndido exemplo.

Embora Atenodoro tenha morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.

Quanto, exatamente, foi o contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8).

B) Cidadão Romano. Paulo não era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice.

Em At 22:24-29 vemos Paulo conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25). O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão romano.

Podia-se obter a cidadania romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo recebia a liberdade.

A cidadania romana era preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado nem crucificado.

Todavia, o relacionamento dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora da Palestina.

C) De Descendência Judaica. Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).

Dessa forma Paulo pertencia a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso fora chamado Saulo.

A escola da sinagoga ajudava os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas.

Dentre os principais “partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5, “Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6). Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa Lei.

Saulo de Tarso passou em Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.”

Exigia-se dos estudantes rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária.

Após completar seus estudos com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.

Da pena do próprio Paulo bem como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1 Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6), “como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13).

Uma referência autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele perseguido a Cristo e seus seguidores.

D) A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.

Mas quando Estevão se ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7:60).

Embora essa crise tenha lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou “caçado” também —caçado pela consciência.

E) Uma Carreira de Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:3).

A Conversão:

A perseguição em Jerusalém na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética.

Assim, Saulo partiu para Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).

Que é que se passava na mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor escaldante do sol? A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei.

Isso o libertou? A resposta de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado.

Contudo, era de natureza espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei, mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus?

Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6). E Saulo obedeceu.

Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.

Fonte de Pesquisa: http://www.vivos.com.br

sábado, 8 de outubro de 2011

Árvores diferentes gerando frutos para o Reino!


“Então Jesus proferiu esta parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, indo procurar nela fruto não o achou. Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a! Por que ocupa ainda a terra inutilmente? Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a este ano, ate que eu a escave e a esterque. Se der fruto ficará! Se não, depois a mandarás cortar.” Lucas 13: 6-9
Árvores diferentes gerando frutos para o Reino!


Por diversas vezes em lugares diferentes sempre inovando, Jesus contava parábolas as pessoas. As parábolas são alegorias que expressam diversas coisas, como: ensinamentos de exortação, de fé, de perseverança, de valores da vida, enfim, Jesus usava as parábolas para ensinar os seus ouvintes.
Dentre tantas parábolas contadas por Jesus, a acima citada destaca-se por algumas particularidades. O texto diz que um homem possuía uma vinha, ou seja, ele cultivava uma considerável quantidade de uvas e dentre toda a plantação de uvas, uma figueira surge na vinha daquele viticultor. Aqui há uma das primeiras curiosidades desta parábola, imagine dentre tantos “pés” de uva, nascer um “pé” de figueira. O dono da vinha poderia de imediato ter mandado cortar aquele pé de figueira, ele poderia ter questionado consigo mesmo “o que eu quero com um pé de figueira na minha vinha?”, no entanto o Senhor da vinha não se incomoda com a tal árvore, e a deixa ali. A Bíblia diz que aquela figueira já estava ali por três anos, e durante todo esse tempo ela não deu fruto (“há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho”), com isso o dono da vinha pede para cortá-la, pois ele diz: “Corta-a! Por que ocupa ainda a terra inutilmente?”, como que se ele falasse em outras palavras: “para que eu quero uma árvore que não dá seu fruto”. Porém, ele concede aquela árvore mais uma chance, para que ela dê o seu respectivo fruto.
Trazendo os ensinamentos dessa parábola para nosso contexto cristão, podemos dizer que a vinha representa a igreja do Senhor, o dono da vinha é o Senhor, as videiras que formam esta vinha somos nós, e o dono da vinha (o Senhor) cuida, visita, faz uma avaliação de sua vinha, verificando se a mesma esta produzindo frutos para o Seu reino, no entanto na casa de Deus, não existem apenas videiras, mas podem surgir também outras árvores, pois o Senhor é um Deus que gosta de diversidades, pois se não fosse assim, ele nos teria criado todos iguais. Assim como na parábola, em nosso meio podem surgir figueiras, são distintas das videiras, cada uma tem a sua peculiaridade, elas dão frutos diferentes, porém assim como a videira a figueira possui um valor, possui um Senhor, elas também estão plantadas em um lugar de propriedade exclusiva. A mesma cobrança que há para as videiras há também para as figueiras, se não fosse assim, logo que a figueira tivesse nascido ela teria sido arrancada. Na igreja do Senhor, uns são como as videiras, outros podem ser figueiras, ainda que sejam raras, o que importa é que elas dêem frutos para o reino de Deus.
Talvez em sua igreja haja tantas videiras que formam um linda vinha, no entanto você é uma figueira, você tem o seu jeito de ser, de falar, de agir diferente em relação a vinha, não queira ser igual as videiras, até por que uma figueira não pode se transformar em uma videira, mas assim como a videira, dê os seus respectivos frutos, o Senhor não irá te desprezar por você ser diferente, apenas irá requer de ti assim como das videiras, que dê o seu respectivo fruto. Se você produzir irá agradar seu Senhor, se não, você será cortado, não por ser uma figueira ou uma videira, mas por não produzir frutos.

CURIOSIDADES: PAULO, PRESO E JULGADO

Os cristãos de Jerusalém ficaram felizes ao ouvir o relatório de Paulo sobre a divulgação da fé cristã. Contudo, alguns cristãos judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar seu respeito pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que cumpriam um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo e falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At 21:27-29). O tribuno da guarnição romana levou Paulo em custódia para impedir um levante. Ao saber que Paulo era cidadão romano, o tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos judeus que convocassem o Sinédrio para interrogá-lo.

Paulo percebeu que a multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele disse ao Sinédrio que fora preso por ser fariseu e crer na ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu o Sinédrio em suas facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve de salvar Paulo de novo.

Ouvindo dizer que os judeus tramavam uma emboscada contra Paulo, o comandante enviou-o de noite a Cesaréia, onde ficou guardado no palácio de Herodes. Paulo passou dois anos presos aí.

Quando os acusadores de Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado profanar o templo e de ter criado uma revolta civil em Jerusalém (At 24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu mais provas do tribuno em Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi substituído por um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos acusadores de Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez valer os seus direitos como cidadão romano de apresentar seu caso perante César.

Enquanto aguardava o navio para Roma, Paulo teve oportunidáde de defender a sua causa perante o rei Agripa II que visitava Festo. O capítulo 26 de Atos registra o discurso de Paulo no qual ele contou de novo os eventos de sua vida até aquele ponto.

Festo entregou Paulo aos cuidados de um centurião chamado Júlio, que estava levando um navio carregado de prisioneiros para a cidade imperial. Após uma viagem acidentada, o navio naufragou na ilha de Malta. Três meses depois, Paulo e os demais prisioneiros tomaram outro navio para Roma.

Os cristãos de Roma viajaram quase cinqüenta quilômetros para dar as boas-vindas a Paulo (At 28:15). Em Roma Paulo foi posto sob prisão domiciliar, e em At 28:30 lemos que ele alugou uma casa por dois anos enquanto aguardava que César ouvisse o seu caso.

O Novo Testamento não nos fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos modernos crêem que César libertou o apóstolo, e que ele empenhou-se em mais trabalho missionário antes de ser preso pela segunda vez e executado.3

Dois livros escritos antes do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de Clemente e os Atos de Paulo — asseveram que isso aconteceu. Indicam que Paulo foi decapitado em Roma perto do fim do reinado do imperador Nero (c. 67 d.C.).

A personalidade do Apostolo:

As epístolas de Paulo são o espelho de sua alma. Revelam seus motivos íntimos, suas mais profundas paixões, suas convicções fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele seria para nós uma figura vaga, confusa.

Paulo estava mais interessado nas pessoas e no que lhes acontecia do que em formalidades literárias. A medida que lemos os escritos de Paulo, notamos que suas palavras podem vir aos borbotões, como no primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As vezes ele irrompe abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento. Nalguns pontos ele toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim.

Temos em 2 Co 10:10 uma pista de como as epístolas de Paulo eram recebidas e consideradas. Mesmo seus inimigos e críticos reconheciam o impacto do que ele tinha para dizer, pois sabemos que comentavam: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes.. (2 Co 10:10).

Líderes fortes, como Paulo, tendem a atrair ou repelir os que eles buscam influenciar. Paulo tinha tanto seguidores devotados quanto inimigos figadais. Como conseqüência, seus contemporâneos mantinham opiniões variadíssimas a seu respeito.

Os mais antigos escritos de Paulo antedata a maioria dos quatro Evangelhos. Refletem-no como um homem de coragem (2 Co 2:3), de integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade (v. 6), e de benignidade (v. 7).

Paulo sabia diferençar entre sua própria opinião e o “mandamento do Senhor” (1 Co 7:25). Era humilde bastante para dizer “se­gundo minha opinião” sobre alguns assuntos (1 Co 7:40). Ele estava bem cônscio da urgência de sua comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de não estar fora do perigo de ser “desqualificado” por sucumbir à tentação (1Co 9.27). Ele se recorda com pesar de que outrora perseguia a Igreja de Deus (1Co 15.9).

Leia o capítulo 16 da carta aos Romanos com especial atenção à atitude generosa de Paulo para com os seus colaboradores. Ele era um homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto apreço a comunhão dos crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e amistoso Paulo poderia ser, mesmo com cristãos com os quais ainda não se havia encontrado. “Gostaria, pois, que saibais, quão grande luta venho mantendo por vós. . . e por quantos não me viram face a face”, escreve ele (Cl 2:1).

Na carta aos Colossenses lemos também a respeito de um homem chamado Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9; Fm 10), que evidentemente havia acrescentado ao furto o crime de abandonar o seu dono, Filemom. Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o persuadira de voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade

do castigo imposto aos escravos fugitivos, o apóstolo desejava convencer a Filemom a tratar Onésimo como irmão. Aqui vemos Paulo, o reconciliador. E tudo isso ele fez a favor de um homem que estava no degrau mais baixo da escada da sociedade romana. Contraste essa atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as vestes dos apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia mudado em sua atitude para com as pessoas.

Nesses escritos vemos Paulo como amigo generoso, afetivo, um homem de grande fé e coragem— mesmo em face de circunstâncias extremas. Ele estava totalmente comprometido com Cristo, quer na vida, quer na morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas realidades espirituais: “Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome; assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:12-13).


   Fonte de Pesquisa: http://www.vivos.com.br/